Paulo Cunha Martins

Pé de Dança

09 janeiro > 12 fevereiro_𝟐𝟎𝟐5

𝐌𝐔𝐏𝐈 𝐆𝐚𝐥𝐥𝐞𝐫𝐲

Entre 2006 e 2016, a fotografia digital passou por transformações significativas em termos de criação, aceitação e exibição.

As câmaras digitais de alta qualidade tornaram-se acessíveis, permitindo fotografar à noite com uma qualidade próxima da de estúdio. Em 2007 a plataforma Facebook foi lançada em Portugal, rapidamente tornando-se o principal espaço para a partilha de fotografias de festas. As imagens eram publicadas para reviver a noite anterior, geralmente na conta associada à festa. O conceito de repost entre plataformas ainda não existia. Esta relação com o meio remete para o álbum fotográfico impresso.

Em 2016, a plataforma Instagram lançou as Stories, influenciadores digitais consolidaram-se no mercado, as selfies ganharam destaque nas redes sociais, refletindo a crescente cultura de autoimagem. O Snapchat popularizou os posts efémeros, oferecendo uma alternativa à permanência digital. 'Pós-verdade' é eleita a palavra do ano pelo Dicionário Oxford, destacando esta nova era, onde emoções e crenças pessoais prevaleciam sobre factos objetivos. 

3 painéis com 450 fotografias por ordem cronológica: Maus Hábitos - Passos Manuel - Cinema Batalha - Ateneu do Porto - Pitch - Danceteria Arrasta o Pé - Gare - Café Au Lait - Armazém do Chá - Plano B - Faculdade de Belas Artes da U.Porto - Lofte - Picadilly - Filó/Sportinguista - Casa da Música - Trinta e Um - Indústria.

• Paulo Cunha Martins nasceu no Porto em 1981. Produtor e consultor de media, atualmente focado em colorimetria digital. Reside em Berlim, Alemanha.