Angelina Nogueira, Carolina Grilo Santos, Dori Nigro, Helena Ferreira, Paulo Emílio, Rebecca Moradalizadeh e Regina Moreira

“Asseitas” parte de uma reflexão colectiva do “sintoma” que nos define: os espaços, as origens de cada um, as narrativas implícitas nas memórias míticas particulares. “Asseitas” procura espelhar ciclos de vida, em que na solidão inerente ao ser humano se insurgem momentos de colectividade ritualística e semelhanças na individualidade - estamos sempre sós e nunca estamos sós. Na vida, no acto, no ritual e na arte.

“Asseitas” define-se em três actos, tendo como ponto de partida o despertar de um percurso performativo, colectivo, através de um canto xamanístico. Xamã, da tradução literal, “é aquele que vê no escuro”. É um ser que exerce a função de mediador entre o domínio espiritual e o domínio terreno, em todas as sociedades humanas que apresentam formas de ritualismo, frequentemente em decorrência de comportamentos incomuns ao qual se atribui o dom de invocar, controlar ou incorporar espíritos.

A partir deste chamamento o público é convidado a entrar num universo imagético, expositivo e imersivo, onde seres místicos corporalizam os encantos da sua existência, explorando os seus “Sintomas”, materializados através de elementos diversos, como: fogo, pedras, terra, água, gestos e palavras. Elementos que se relacionarão de uma forma indireta entre eles e com o ambiente recriado. Durante a acção haverão fases marcadas por encontros e desencontros, pontos de ruptura e processos de libertação.

“Asseitas” é uma pergunta que não cala diante das crenças dissidentes.

Este colectivo parte do seu encontro a propósito do projecto “Sintoma” (Portugal) e do Colectivo Tuia de Artifícios (Brasil) para criar novos momentos performativos, interligando a sua relação à instituição que os une (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto) aos seus países de origens e ao seu universo particular.

Programação Saco Azul Associação Cultural
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