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A recente extrusão cognitiva desenhada pelos circuitos e sistemas de informação da sua condição incorpórea original para o plano quotidiano e palpável — a internet das coisas — é um fenómeno bifurcado. Nesse sentido, ao crescente convívio com práticas de combinação, reconstrução e síntese, frutos de uma funcional metodologia do caos plasmada na mitologia computacional, adiciona-se a consciência de uma fisicalidade observável do ciberespaço ou, pelo menos, das estruturas que o possibilitam e sustentam.
A compreensão da fundamentação material do virtual, assim como a consciente assimilação de processos e instrumentos de produção digital na trivialidade diária justificam, parcialmente, a necessidade de multiplicar e intensificar operações de mapeamento e renegociação da fronteira operacional do humano — o corpo.
A exposição conjunta de Catarina Rangel Pereira e Maria Caridade incide precisamente na apresentação de duas instalações vídeo que se debruçam sobre a desfragmentação, dispersão e reconstrução do corpo possibilitado por sistemas de captura de imagem, dispositivos luminosos, modelação e espaço.
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Catarina Rangel Pereira (1995) expõe uma instalação de projeção vídeo baseada em imagem sintética onde manipula objetos antropomórficos extraídos de digitalizações tridimensionais de acervos museológicos, refletindo sobre ideais de representação, permeabilidade e mutação.
Maria Caridade (1996) apresenta uma instalação de cinema expandido onde submete a imagem cinematográfica de corpos a uma degradação espectral analógica, através de uma estrutura espelhada, submetendo os objetos filmados a uma erosão ambiental.
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Instalações
Catarina Rangel Pereira: Living Non Organic Matter
Maria Caridade: Fractured Being
Projeto:
Galeria
Press
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